T: 22 205 6022 | M: 91 857 4936

Sporting Clube Vasco da Gama

A História

 

“Nunca tão poucos, com tão pouco, fizeram tanto pelo Basquetebol”

 

Das Origens à actualidade

 

Em 20 de Fevereiro de 1920, na Rua 6, casa 7, do Bairro Herculano, que ficou para a história como sendo a sua primeira sede, um punhado de jovens operários uniu as mãos e resolveu fundar o Sporting Clube Vasco da Gama, para ocupar os seus tempos livres com a prática desportiva. Os sócios fundadores são, entre outros, os irmãos Quintela,  Armando Plácido, João Vidrago, Boaventura, José Garrido e José Norton. Os dois últimos foram os primeiros presidentes conhecidos do S.C.Vasco da Gama

O Bairro Herculano, ficou para sempre ligado à história do S C Vasco da Gama, porque foi lá que nasceram e cresceram os seus primeiros dirigentes e a maior parte dos seus primeiros jogadores. Sendo que o Hino do clube, começa logo por lhe fazer referência: “No Bairro Herculano; Há um grupo veterano; Que é o Vasco da Gama”…, o qual foi escrito por Diamantino Ferreira Mendes (1908-1943), que viveu e morreu no Bairro Herculano.

Quanto à origem da sua designação, o que se sabe é que foi inspirada no grande baluarte do desporto brasileiro “Clube de Regatas Vasco da Gama”, que foi fundado por cidadãos que na sua maioria nasceram em Portugal. Dos muitos emigrantes “vascaínos” fazia parte a família de Joaquim Alves Teixeira, que sucedeu a José Norton (Sócio nº 1) como Presidente do clube e foi um dos seus grandes dinamizadores, cargo onde se manteve durante quarenta anos. Ao qual se seguiu, Manuel Nunes,  que foi jogador, treinador, colaborador e dirigente do clube desde 1950, assumindo em 1981 o cargo de Presidente da Direcção, no qual se manteve até ao dia da sua morte, em 15.01.2009.

Apesar de bem patente a “fidelidade” ao Basquetebol na história do clube a respectiva actividade desportiva começou, com a prática do Futebol estendendo-se depois a outras modalidades: pedestrianismo, andebol de Onze, andebol de Sete, de que foi um dos clubes pioneiros, tendo até sido campeão regional na época de 1954/1955, natação (os treinos e as competições efectuavam-se no Rio Douro, entre as pontes D. Maria Pia e D. Luís, numa época em que não existiam “Piscinas”, como hoje se conhecem), ténis de mesa, boxe (chegamos a ser representados pelo célebre pugilista Belarmino Fragoso, cuja vida desportiva, deu origem a um filme), voleibol e, claro, o basquetebol.

A primeira equipa que se conhece de basquetebol do S.C. Vasco da Gama era constituída por Aníbal, Aladino, Modesto, Boaventura e Norton.

 

O S.C. Vasco da Gama sempre jogou em recintos alheios, percorrendo 84 anos de vida desportiva, a fazer jogos oficiais e a treinar noutros recintos, até que veio parar ao Parque das Camélias, mas de onde foi expulso na década de 1950, aquando da sua venda à Direcção Geral dos Transportes Terrestres, que tencionava construir naquela espaço uma central de camionagem, que nunca chegou a concretizar-se. Viveram-se a partir dessa data momentos de muita incerteza, tendo-se então passado a utilizar os recintos do “Grupo Desportivo Ferroviários de Campanhã” e do “Círculo Católico”, a quem a Câmara Municipal do Porto, a pedido do Vasco da Gama, cimentou o piso, remodelou os balneários e a instalação eléctrica do recinto do jogo, ambos recintos ao ar livre. Quando chovia, ou estava mau tempo, utilizavam os ginásios dos liceus “Alexandre Herculano”, “ Soares dos Reis”, “Oliveira Martins” e “Cal Brandão”.

Um ano após o 25 de Abril de 1974, mais propriamente no dia 05 de Abril de 1975,em pleno período de agitação política, um grupo de associados ocupou, o “Parque das Camélias” que passou a ser de novo a “casa do Vasco”.

Viveu-se, então, uma época de muita euforia que culminou, em 18 de Setembro de 1978, com a “Declaração de Utilidade Pública” que foi atribuída à colectividade, que já tinha sido distinguida em 05 de Março de 1970 pelo “Ministério da Educação Nacional” com a “Medalha Desportiva” e em 30 de Abril do mesmo ano pela Câmara Municipal do Porto com a Medalha de Ouro de “Valor Desportivo”.

 Tendo desde então ficado instalado, em definitivo, no “Parque das Camélias”, que durante 29 anos, só teve condições para realizar treinos ao ar livre, porque o recinto era em alcatrão e descoberto, realizando-se os treinos, ao frio, chuva, sol e vento e só a partir de 14 de Fevereiro de 2004, é que passou a dispor de um recinto coberto, designado por “Oficina de Basquetebol Alves Teixeira” o qual apesar de lhe faltar uma parede, permitiu passar a  realizar treinos com regularidade, e jogos oficiais de “Minis”, “Iniciados” e “Cadetes”, o que foi um privilégio, por puderem, finalmente, jogar, nos escalões citados, no mesmo recinto em que treinam. Em Abril de 2010, com a ajuda da Câmara Municipal do Porto, foi finalmente construída a parede em falta, fechando-se o recinto desportivo, continuando nos escalões superiores (Juniores B/ Juniores A/Seniores) a jogar em pavilhões alheios.

 

Breve resenha sobre o Palmarés desportivo

 

Apesar de toda esta precariedade, sempre a jogar em casa alheia, “de tabelas e cestos às costas”, nada impediu que o S.C. Vasco da Gama tivesse sempre muitas preocupações sócio-desportivas e fosse, ainda, considerada, o que ainda hoje é, um “viveiro” de bons basquetebolistas.

Ao longo do tempo, nada, nem ninguém impediu que   revelasse muitos jogadores internacionais de nomeada, alguns dos quais enveredaram, até, pelo profissionalismo, e conseguisse conquistar 17 (dezassete) campeonatos nacionais.

À nossa frente na lista das colectividades com mais títulos nacionais conquistados só está o Porto, o Benfica e o Barreirense.

 Sendo um exemplo de um dos últimos grandes feitos das equipas seniores do S.C. Vasco da Gama, a conquista, na época 1993/1994, do Campeonato Nacional da 2ª Divisão (A), cuja final se realizou no Pavilhão da cidade da Batalha, em 06 de Abril de 1994, e que possibilitou disputar, na época 1994/1995, o Campeonato Nacional da 1ª Divisão (Série A 2), organizado pela Liga dos Clubes de Basquetebol , tendo obrigado o clube a competir, apenas com jogadores amadores, numa competição destinada a profissionais. A partir dessa época e por exigência da Liga dos Clubes, dado que o “Colégio de Gaia” não reunia as condições impostas pela FPB, começou a utilizar-se, também, o “Pavilhão Rosa Mota” e no seu impedimento, o Pavilhão do F. C. de Gaia. Actualmente os Seniores utilizam o pavilhão do Colégio de Gaia”.

Recentemente, o Vasco da Gama, conquistou por duas vezes consecutivas o campeonato nacional de SUB 18M, nas épocas de 2008/2009 e 2009/2010.

Quanto a títulos regionais só há registo dos que constam no livro editado pela ABP, no seu cinquentenário e que abrange o período de 1926/1976 e depois os que constam no seu site (www.abp.pt) a partir da época 1990/1991. Do palmarés do Clube constam, ainda, a conquista de três Campeonatos de Lances-Livres, in “História do Basquetebol em Portugal”, de Albano Lopes Fernandes, de uma “Taça Teresa Herrera” em 1964, do 1º Torneio Luso Galaico na época de 1967/68 e até, imagine-se, um triunfo por 35-33 (!!!) sobre uma Selecção Brasileira, defrontada no local onde agora está instalada a Biblioteca Almeida Garrett, no Palácio de Cristal em 21.07.1947, como se pode ler na edição do dia seguinte do “JN”. Ainda no ano de 1967, no dia 16 de Junho, mas no “Pavilhão dos Desportos”, em Lisboa, vencemos o Real Madrid por 50-39, na jornada inaugural do “1º Torneio Ibérico”, como, também, se pode ler na edição do dia seguinte do “JN” e, ainda, no referido livro de Albano Lopes Fernandes. Defrontou, ainda, no mesmo “1º Torneio Ibérico” o Barcelona com quem perdeu por 46-42.

É de referir ainda  a conquista do Campeonato Regional de Andebol de Sete  na época 1954/1955.